The Cure: 10 músicas que são a cura para todos os males

A banda de Robert Smith está de regresso a Portugal para num concerto que irá decorrer no Meo Arena, no dia 22 de novembro.

Os The Cure estão em digressão pela Europa, onde irão realizar 30 espetáculos, num périplo que vai cruzar 17 países europeus e a passagem por Portugal está marcada para o dia 22 de novembro, no Meo Arena. Esta é a maior tournée do grupo desde 2008.

Durante os últimos anos, a banda realizou grandes espetáculos em Londres e foi cabeça de cartaz de alguns dos maiores festivais europeus, entre os quais Roskilde, Werchter, Reading & Leeds, Pinkpop, Hurricane & Southside, Paleo e até mesmo o Nos Alive, no nosso país, entre muitos outros.

Os The Cure são uma banda britânica de rock, formada em 1976, em Crawley, Inglaterra. Robert Smith é o líder, vocalista e um dos guitarristas e o único elemento que se manteve desde a sua criação.

O grupo sofreu várias alterações desde a sua formação, seja em género musical ou no que diz respeito à sua composição. Inicialmente, surgiu brevemente como banda de garagem, em 1973, e contava com o atual vocalista no piano, Michael Dempsey e Marc Ceccagno na guitarra, Laurence “Lol” Tolhurst na percussão e Alan Hill no baixo. Rapidamente, Marc Ceccagno decide formar os Malice com Robert Smith, mas logo passaram a ser conhecidos como Easy Cure – nome retirado de uma música Lol Tulhurst –, onde Peter O’Toole assumiu a posição de vocalista.

Os Easy Cure ganharam um concurso de talentos promovido pela Hansa Records e receberam um contrato de gravação, mas nenhuma música foi lançada. No mesmo ano, O’Toole abandonou o grupo e Smith assumiu o seu papel vocal. Em 1978, decide mudar o nome e batizou a banda com o título que permanece até hoje.

O vocalista, que completou 57 anos este ano, é uma figura tão brilhante quanto enigmática e chegou a servir de inspiração a Tim Burton, para a criação da personagem “Eduardo Mãos de Tesoura” (interpretada por Johnny Depp). Smith é um ícone da subcultura gótica e do post-punk e um obcecado assumido por David Bowie, Jimi Hendrix e Nick Drake, que muito inspirou as letras das suas músicas neles, mas também em escritores como Albert Camus e Jean-Paul Sartre.

A sonoridade da banda alterou-se ao ponto de tornar impossível rotular a banda, mas a vitalidade e originalidade mantiveram-se intactas, muito devido ao espírito criativo de Robert Smith.

A carreira dos The Cure é repleta de consagrações, desde álbuns a atingir o top 10 nos dois lados do Atlântico, ao Brit Award para “Best British Group” em 1991 e a nomeação de um Grammy pelo álbum “Bloodflowers” em 2000. E só até 2004, o grupo vendera mais de 30 milhões de álbuns em todo o mundo.

Nos palcos desta digressão, a Robert Smith (voz/guitarra) juntam-se Simon Gallup (baixo), Jason Cooper (bateria), Roger O’Donnell (teclado) e Reeves Gabrels (guitarra). A The Twilight Sad será a banda de apoio para todos os concertos.

O “The Cure Tour 2016” explora 37 anos de canções, desde grandes êxitos a temas menos conhecidos, num reportório que incluirá igualmente algumas novidades. Os bilhetes estão à venda na Fnac e custam entre 35€ e 55€.

Há várias músicas do grupo que se tornaram num sucesso, tais como “Just Like Heaven” – escrita por Robert Smith após um passeio à beira mar com a sua namorada de então –, “Close To Me”, ou “Friday I’m in Love”, e que ainda hoje se ouvem nas rádios de todo o mundo. Aliás, há quem diga que as mais belas canções de amor lhes pertencem.

Relembramos 10 músicas incontornáveis desta banda britânica, para todas as ocasiões.

Just like Heaven

A canção tornou-se no primeiro sucesso da banda nos Estados Unidos e, em 1988, alcançou a 40ª posição nas paradas da Billboard. A letra foi inspirada num passeio com Mary Poole, a sua esposa (na altura namorada), para Beachy Head, no sul da Inglaterra. “Just Like Heaven” é o terceiro single lançado para o álbum “Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me”, de 1987. O álbum custa 19,90€ na Fnac.

Pictures of You

“Pictures Of You” é uma apologia épica ao amor perdido e sobre arrependimentos ilimitados. O single faz parte de “Disintegration” (1989), a obra-prima mais melancólica da banda. O álbum é considerado, de uma forma mais ou menos consensual, o melhor da banda. O disco foi gravado numa fase em que Robert vivia angustiado com achegada dos trinta anos e a letra das músicas capta esse desespero. O álbum custa 8,49€ na Fnac.

Friday, I’m in Love

Nesta música, Robert Smith expressa o seu desejo à sua amante para o fim de semana, mas rejeita-a durante o resto da semana. A música integra o álbum “Wish”, que custa 8,49€ na Fnac. O álbum foi um sucesso graças a esta música. O tema foi regravado, em 2015, pela cantora australiana Natalie Imbruglia, que é fã da banda.

Boys Don’t Cry

Foi o segundo single dos The Cure, após “Killing An Arab”. Lançado em junho de 1979, não foi exatamente um sucesso na época, mas, posteriormente, uma nova versão foi editada e remixada e alcançou o top britânico. Uma outra versão da música foi feita por Nathan Larson para a banda sonora do filme com o mesmo nome, no qual Hilary Swank ganhou o Óscar de Melhor Atriz em 1999, e que relata a história verídica de Brandon Teena, uma jovem que explora as contradições da sua identidade sexual.

O CD “Boys Don’t Cry” conta com 12 faixas e custa 13,41€ na Fnac.

The Lovecats

Esta música integra o álbum “Greatest Hits” e apesar do seu sucesso é raramente tocada ao vivo, dada a sua complexidade técnica e a dificuldade em recriar alguns sons. Vários gatos reais foram usados nas filmagens, e alguns membros da banda usavam trajes alusivos. O disco custa 19,90€ na Fnac.

Fascination Street

Sobre esta música, Smith disse que, quando a escreveu, estava a pensar em Bourbon Street, em Nova Orleans. Estava a preparar-se para ir para lá e sem saber o que iria encontrar, refere que a canção se refere à incredulidade de procurar um momento perfeito. No início do século 20, Bourbon Street era famosa pelos seus restaurantes e um local importante no mundo do jazz emergente. O single faz parte de “Disintegration”.

From the Edge of the Deep Green Sea

É uma música do álbum “Wish”, mas nunca foi um single apesar de se tornar numa das favoritas dos fãs da banda. Supõe-se que a letra seja inspirada na mulher de Smith, Mary, que conhece desde os seus catorze anos.

Close To Me

É um dos singles mais bem-sucedido dos The Cure. Faz parte integrante do álbum “The Head on the Door” e a música foi usada como banda sonora da sitcom da BBC, “The Smoking Room”. Na Austrália, atingiu a 7ª posição do Top 10 e a 13ª no Reino Unido. O disco custa 15,23€ na Fnac.

Lovesong

Tal como o refere a música, esta é uma canção de amor. Foi originalmente lançada para o álbum “Disintegration” e foi escrita para a musa de Smith, antes de casarem, como prenda de casamento.

The Last Day of Summer

É considerada a música mais bonita do álbum “Bloodflowers” (2000). O álbum é visto como um retorno sombrio. Smith chegou a afirmar que o álbum é a parte final da “trilogia” (os três álbuns que melhor definem os The Cure), sendo o primeiro o álbum “Pornography (1982) e o segundo “Disintegration” (1989). O CD custa 8,49€ na Fnac.

 

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