O “Kaos” de Albert Watson atraiu milhares de pessoas

Kate Moss, Mick Jagger, Alfred Hitchcock ou Steve Jobs estiveram expostos nas duas praças centrais do NorteShopping. “Kaos” foi a primeira mostra em Portugal do famoso fotógrafo Albert Watson e foi visitada por muitos milhares de pessoas. Obrigado!

Pode nunca ter ouvido falar de Albert Watson, mas de certeza que já viu algumas das suas fotografias de moda, publicidade ou de celebridades. Durante cerca de dois meses, nas duas praças centrais do piso 0 do NorteShopping, estiveram expostas 30 imagens emblemáticas do fotógrafo escocês, desde as famosas fotografias de Alfred Hitchcock, a primeira celebridade que fotografou em 1973, às fotos de Kate Moss aos 18 anos, passando pelas belas e deslumbrantes paisagens de Las Vegas, a grande maioria a preto e branco.

“Tudo o que faço tem que ter qualidade cinematográfica ou gráfica, ou uma combinação de ambos”, afirmou Watson ao NorteShopping. Para além disso o fotógrafo gosta de surpreender, de criar imagens que fiquem na retina. “A seleção que fizemos para a exposição ‘Kaos’ é um excelente exemplo, são todas imagens icónicas, com muito caráter”, concluiu.

Watson criou centenas de campanhas publicitárias para grandes marcas, como Prada, Gap, Levi’s, Revlon e Chanel, no seu currículo soma ainda mais de cem capas da “Vogue” e mais de 40 da “Rolling Stone”, entre outras publicações como a “Vanity Fair”, a “Time” ou a “Harper’s Bazar”. Fez ainda fotografias de dezenas de cartazes de filmes de Hollywood, como “Kill Bill” e “Memórias de uma Geisha”, e a sua obra tem marcado presença em alguns dos maiores e mais conceituados museus do mundo, como o MOMA, de Nova Iorque, o Smithsonian ou o Metropolitan Museum of Art.

No NorteShopping foram necessárias duas noites para a exposição “Kaos” ganhar forma. Vinte e seis andaimes pretos de ferro, 30 obras emolduradas, algumas com 80 quilos e mais de dois metros de comprimento, ocuparam os 126m2 da área total das duas praças centrais do piso 0. O resultado final foram dois espaços revestidos de quadros, uns virados para dentro e outros para fora, onde o aspeto cru e inacabado impera em cada canto.

Já o curador nacional, Sandro Resende, sublinhou a importância de levar arte a um espaço público como este. Algo que permite chegar a um público diferente através de uma exposição “que poderia estar em qualquer museu do mundo”, até porque “Watson é versátil e especial, mais do que uma referência torna-se também um ícone”.

Este ícone do universo das artes, considerado um dos 20 fotógrafos mais influentes do mundo, afirmou em entrevista gostar de imagens que sejam fortes e memoráveis, confessou em que fotografar Steve Jobs foi especial e que no futuro gostaria de fazer um retrato de Donald Trump. Ainda assim, para os visitantes, os dois retratos mais cativantes foram de músicos: Marilyn Manson e David Bowie.

“Kaos” foi, sem dúvida, uma rica viagem no tempo através de fotografias que integram o nosso imaginário, captadas pela lente precisa e perfeccionista de Albert Watson. 

Tudo o que precisa num único espaço