O “Circo” contado por Alexandre Rola e David Oliveira
Até 22 de outubro, continua a ter fortes argumentos para visitar “O Circo de Fernand Léger” no nosso Centro. A obra do mestre do cubismo e abstracionismo do século XX dá o mote para as exposições temporárias que podem ser vistas, em paralelo, na nossa Praça Central.
Desta vez, de 21 de setembro a 3 de outubro, falamos de Alexandre Rola e David Oliveira. Serão eles a dividir o espaço expositivo com Léger, participando nesta grande montra de arte circense do NorteShopping.
Mas antes desse momento chegar, conheça melhor o trabalho de cada um destes artistas.
Alexandre Rola
Ao olhar para os quadros de Alexandre Rola (Porto, 1978), ninguém diria que se havia formado em economia. Contudo, a sua paixão pelo desenho fez com que arriscasse numa segunda formação, desta vez em design gráfico pela Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos, seguindo de um mestrado em Intervenções Urbanas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha.
Dos estudos para as telas, Alexandre Rola começou a expor diariamente desde 2003 e, a partir daí, tem conquistado vários prémios, como o IX Bienal Eixo Atlântico em 2011 e “Personalidade do Ano Artes Plásticas” em 2013.
O trabalho artístico de Alexandre Rola assenta na apropriação e reinterpretação dos elementos do dia a dia. Um exemplo disso é a série “Circus”, um conjunto de obras onde podemos encontrar traços de Picasso, Matisse, Alexander Calder, Chagall e do próprio Fernand Léger. O artista apropriou-se desses traços para de seguida descontextualizá-los e reinterpretá-los, utilizando objetos humildes e pouco convencionais do quotidiano, como os cartazes publicitários do mundo do circo.
David Oliveira
Ver o trabalho de David Oliveira (Lisboa, 1980) é como entrar num mundo tridimensional, onde todas as formas ganham vida.
Licenciado em Escultura e pós-graduado em Anatomia Artística pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, David Oliveira começou a ser reconhecido no mundo das artes desde cedo. O que não é surpreendente, tendo em conta a diversidade de conceitos que o artista põe em prática: ora é desenho, ora é escultura, ora dentro ou fora, ora transparente ou opaco, ora real ou fantasia.
Todo este talento, conhecido nacional e internacionalmente, assenta em esculturas feitas de arame e tule. Se por um lado, o fio significa multiplicidade e a vida, por outro, o tule é a cor e a liberdade da figura. O artista representa, a quatro dimensões, símbolos da natureza e animais. E é precisamente este último que promete trazer ao nosso Centro.